Seminário que marca os 21 anos da Andi, discutiu nesta quinta-feira (18), a violação de direitos humanos na mídia brasileira. O Tarde Nacional conversou com uma das palestrantes, a coordenadora executiva do Coletivo Intervozes, Bia Barbosa.
Ela diz que do ponto de vista das grandes empresas de comunicação e jornalismo, se houvesse interesse em parar de veicular esse tipo de conteúdo que é altamente violador de direitos humanos, elas alterariam a programação. Mas como isto não ocorre, porque tem se tornado modelo de negócio interessante, é necessário que o estado brasileiro responsabilize as emissoras que violam os direitos humanos, coupando o espaço público, que são as concessões de rádio e TV.
Bia Barbosa relembra que a Constituição Federal prevê a questão da exposição de criança suspeita de ato infracional, "mas infelizmente, se vê nesses programa de TV, meninos e meninas expostos por suspeita de crimes, então a presunção de inocência é um princípio constitucional vilolado diariamente, sem falar da incitação ao crime, à violência, ao justiciamento, expondo discurso de que a polícia não funciona e é preciso agir com as próprias mão, olho por olho e dente por dente", afirma.
A palestrante sugere dois canais principais para o cidadão incomodado denunciar, a fim de conter a violação de direitos na mídia brasileira: o Ministério Público Federal e o Ministério das Comunicações.
Ouça esta entrevista sobre o assunto ao Tarde Nacional, com a jornalista Fátima Santos, na Rádio Nacional de Brasília.
Seminário sobre mídia e direitos humanos marca 21 anos da Andi
ANDI promove seminário em comemoração aos 21 anos da instituição