Para fazer uma análise dessas duas décadas e seis anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Tarde Nacional convidou o especialista em Adolescência e Juventude da Universidade Católica de Brasília (UCB), professor José Ivaldo. Ele começa dizendo que o ECA foi um marco histórico no Brasil, em termos da promoção e reafirmação dos direitos da criança e do adolescente.
Para comemorar de verdade, diz o professor, é necessário que o estatuto entre na pauta das discussões, especialmente no momento em que há discussão da maioridade penal, nesse momento em que foi lançado o relatório do mapa da violência no país em que se vê o índice de extermínio de adolescentes e jovens, principalmente negros.
Para o professor, há motivo para comemorar e para lamentar. "Eu comemoro a existência dessa lei, acho que a gente não pode retroceder e dizer vamos rasgar essa lei.Mas eu lamento a falta de um entendimento mais profundado do que ela traz em termo de possibilidades de atendimento socioeducativo, em termos de ter um olhar humanizado para criança e adolescentes em situação de vulnerabilidade social", analisa.
Acompanhe esta entrevista sobre os 26 anos do ECA, na íntegra, no player acima.