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Saiba as principais mudanças nas regras para se aposentar em 2021

Especialista fala sobre as alterações e explica sobre os caminhos para quem deseja se aposentar, entre outras dicas

Tarde Nacional - Rio de Janeiro

No AR em 09/03/2021 - 16:00

Átila Abella, especialista em Direito Previdenciário e cofundador do portal Previdenciarista, uma plataforma de cálculos e petições de Direito Previdenciário para advogados, conversou com Glaucia Araujo, no Tarde Nacional Rio desta terça-feira (09), sobre as principais, e mais recentes, mudanças nas regras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para quem deseja se aposentar.

A Reforma da Previdência entrou em vigor em 13 de novembro de 2019. Depois de um ano de sua promulgação já se pode fazer uma análise das consequências de suas alterações para que os trabalhadores consigam a aposentadoria.

Para se ter uma ideia, segundo informações do INSS, em setembro de 2019 foram concedidas 152 mil aposentadorias; já em 2020 esse número caiu para 95 mil, em grande maioria para mulheres.

"A partir de agora, até que as regras se tornem permanentes, tem uma tabela progressiva, todo ano teremos novidades e vamos ter a oportunidade de, a cada ano, atualizar o que mudou e o que veio para ser atualizado nas regras para aposentadoria do INSS", explica Átila Abella.

Para Átila, as mudanças que passam a valer desde o início de 2021, com as tabelas progressivas, não são boas, "porque exigem das pessoas mais tempo de contribuição ou mais idade", revela. Por exemplo, a partir de janeiro, mulheres que completarem 30 anos de contribuição em 2021, precisam ter no mínimo 57 anos de idade para se aposentarem. Para os homens, são 35 anos de contribuição, e 62 anos de idade. Durante a entrevista, ele mostra outros exemplos e explica sobre outras importantes alterações, como em relação aos professores e professoras; e também fala sobre a desaposentação e o que ficou definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele recomenda que, chegada a hora de se aposentar, o trabalhador busque o auxílio de um especialista para não arriscar perder direitos em seu benefício."Mais do que nunca se agigantou a importância de um correto planejamento previdenciário para evitar uma frustração e um prejuízo mensal e permanente na vida das pessoas que se aposentarem a partir de agora", alerta ele.

Entre muitas informações, ele termina com uma dica: "Pessoas que não tenham os 15 anos de tempo de contribuição e tenham 65 anos de idade, para ambos os sexos, se não tiverem renda familiar, pode ser o caso de alcançarem o benefício assistencial de prestação continuada, que é um benefício para todo e qualquer idoso no Brasil que não tenha renda". Trata-se, na regra, do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que pode fazer a diferença na hora de proporcionar uma vida mais digna ao cidadão.

Ouça a entrevista na íntegra clicando no player acima.

 

Criado em 09/03/2021 - 19:43

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