A poeta argentina Cecília Pavón, nascida em 1973, escreve como se estivesse em uma conversa informal, sem perder a profundidade. Seus poemas são despretensiosos, engraçados e acessíveis, mas falam sobre temas essenciais da vida. A crítica Tamara Kamenszain (1947-2021) se perguntava: “Que magia faz Cecília Pavón para escrever como se não estivesse escrevendo?”
A brasileira Eduarda Rocha traduziu alguns dos livros de Pavón, como "Fantasmas Bons". Eduarda, que pesquisa sua poesia, lançou "Poesia e Felicidade (Macabéa)", onde analisa Pavón, Angélica Freitas e Fernanda Laguna no contexto do feminismo na poesia brasileira e argentina. Segundo ela, a aparente simplicidade da obra de Pavón é uma escolha política, valorizando o humor e o cotidiano.
Para Pavón, a literatura feita por mulheres não precisa se desvincular do cuidado, papel historicamente imposto a elas. Com sua poesia leve e irreverente, Cecília Pavón desafia convenções e reafirma a potência do simples.
Confira mais no player acima.