O Tarde Nacional desta quinta-feira (15) fala sobre os reflexos do aquecimento global para a economia brasileira. Há como adotar certas medidas? Pesquisadores da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza apontam para a necessidade de reduzir a emissão de poluentes na atmosfera, entre outras ações. Sobre esse assunto, Luciano Barroso conversou com o pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (USP) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Carlos Nobre.
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Segundo ele, na emissão global de poluentes o Brasil representa apenas 3%. Ao contrário do que muitos países falam ao criticar o Brasil, e principalmente a Amazônia.
"De fato a área de floresta que nós temos hoje no mundo já é menos de 50% da área original. Na Europa, os desmatamentos são seculares. A agricultura encolheu para uma área menor. Só nos países tropicais, nas últimas décadas, que as florestas estão diminuindo. Historicamente o país que mais tem contribuído para o efeito estufa é os EUA e em 2º lugar, a China. Hoje, a China já ultrapassou os EUA", declarou.
Na entrevista, ele comenta também o mutirão para plantação de árvores que houve na Etiópia. Para o pesquisador essa deveria ser uma meta nacional, feita por toda a população.
"Há, por exemplo, a Índia que vem plantando bilhões de árvores e a China como o país que mais refloresta no mundo. De fato, para contermos o ritmo do aquecimento global - que pode ficar muito perigoso - devemos parar de queimar combustível fóssil e pararmos de desmatar. Mas também podemos usar o crescimento das árvores para retirar gás carbônico da atmosfera. Essa é uma medida muito eficiente e muito barata", acrescentou.
Carlos considera que a produção agrícola é um dos setores que será afetado se o aquecimento global não for controlado.
Apresentação: Luciano Barroso, Dáurea Gramático e Anchieta Filho
Produção e produção de estúdio: Denise Oliveira
Trabalhos Técnicos: Luiz Emanuel Junqueira
O Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 13h, nas rádios Nacional de Brasília e Nacional do Rio de Janeiro.