Cidadão enfrenta problemas de mobilidade urbana durante pandemia

No Rio de Janeiro, após a suspensão das linhas intermunicipais, as barcas que fazem a ligação com Niterói estão trafegando lotadas. Muitas cidades brasileiras também estão com o transporte público suspenso, o que vem dificultando a mobilidade do cidadão que precisa trabalhar ou fazer suas compras e não consegue encontrar segurança durante o seu trajeto. Para o economista Vladimir Fernandes Maciel, é um contrassenso querer evitar a Covid-19 restringindo o transporte coletivo.

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"Ao reduzir o número de veículos, você acaba aumentando o que quer evitar. Tem uma leitura errada de que, se tiver mais ônibus e veículos nas ruas as pessoas vão querer sair mais para trabalhar. Infelizmente, essa gestão do sistema de transportes está errada. Deveriam trabalhar com capacidade ociosa planejada, ou seja: é ter ônibus, trem, as barcas, mas com poucas pessoas dentro, para evitar aglomeração", afirmou.

O economista ressaltou que há uma crise sem paralelo. "De fato, não estamos preparados para isso, mas isso não significa que não temos que fazer a coisa certa. A medida que deve ser tomada é essa: planejar um número maior de veículos, superior à demanda, para que andem vazios."

Maciel explica ainda que esse planejamento deve incluir a parada do veículo após cada rota para que seja feita a desinfecção, pelo menos com álcool. 

Em entrevista ao Tarde Nacional, Maciel avalia o que pode acontecer no dia a dia das pessoas no momento pós-pandemia e na forma como se locomovem ou se relacionam, por exemplo, além do impacto financeiro sobre o transporte de carga e empresas de ônibus. No entanto, apesar de todas as dificuldade, ele disse acreditar que surgirá uma maturidade social em todo o país e sairemos melhores dessa pandemia provocada pela Covid-19.