Mais de 50% dos brasileiros não sabem declarar imposto de renda

O prazo para a entrega do imposto de renda está marcado para o dia 30 de junho. Com a dificuldade de organização e prestação de serviços durante a pandemia, muitos brasileiros não conseguem realizar a declaração e acabam cometendo muitos erros. O presidente da Fradema Consultores Tributários e especialista em consultoria tributária, contabilidade e empresas patrimoniais, Francisco Arrighi, comentou estratégias para auxiliar na declaração dos impostos.

“A principal dica é organizar os documentos. Com os documentos em ordem é fácil de fazer a declaração. Agora que as coisas começam a dar uma melhorada na pandemia, é preciso organizar corretamente os documentos, preparar a declaração e não deixar pra última hora porque isso pode causar transtornos” explicou.

O especialista também alertou sobre os cuidados na hora de declarar recibos médicos. Isso porque existem diferenças para as receitas com certificado digital e para recibos com valores elevados. 

“Pra quem tem certificado digital, a Receita Federal apresenta uma declaração pré pronta: todos os recibos médicos já estão lançados lá. Mas quem não tem, temos que lançar médico a médico, recibo por recibo. É preciso ter cuidado com recibos médicos com valores elevados porque a Receita Federal tem pedido um laudo médico para poder considerar aquele abatimento” alertou.

Segundo Francisco, um dos erros mais comuns acontece na hora de digitar os valores e determinar o que é dívida, financiamento ou consórcio. Ele explicou que dívidas financiadas com correção monetária ou variação cambial, por exemplo, não entram em dívidas e ônus. Algumas pessoas também esquecem de conferir os dados e caem na malha fina da Receita Federal.

“Mais de 50% das pessoas erram na hora de preencher a declaração. Quando é pra digitar o ponto e vírgula, erram os valores de forma exagerada. Valor de mil reais, colocam como cem e não conferem. Outro erro comum é  a falta de informação. Isso desequilibra o patrimônio do contribuinte e acaba caindo na malha fina da Receita Federal”, ressaltou.

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