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Violência doméstica aumentou durante a pandemia

Brasil é o quinto país que mais comete crimes contra as mulheres, mas denúncias virtuais podem salvar novas vítimas

Tarde Nacional

No AR em 19/06/2020 - 17:53

Com a necessidade do isolamento social, a violência doméstica aumentou durante a pandemia. Para dar suporte a essas vítimas, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) criou a Ouvidoria das Mulheres, um canal de atendimento a distância para combater a violência. A promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Dra. Gabriela Manssur, destacou a importância do canal.

Ouça a entrevista completa:

“A Ouvidoria das Mulheres veio dessa necessidade durante a pandemia, com esse aumento de violência doméstica e familiar e outros tipos de violência contra as mulheres, para que possamos ter rapidamente essas denúncias e encaminhar para os Ministérios Públicos estaduais em que essa mulher pediu ajuda e proteção” destacou.

Segundo a promotora, a principal dificuldade no combate a violência doméstica durante a pandemia se dá porque algumas mulheres ainda não entendem que existem várias formas de agressão, como a violência física, moral, sexual e patrimonial. Mas a agressão psicológica, por exemplo, representa grande parte das denúncias.

“80% dos casos denunciados são de violência psicológica. É aquela violência que acaba destruindo a autoestima dessa mulher com comportamentos de ofensa, controle e isolamento. Mas muitas mulheres não se enxergam como vítimas de violência ou acabam postergando um pedido de ajuda achando que o parceiro vai mudar, mas isso pode causar uma situação de risco e terminar em feminicídio” ressaltou. 

Caso a denúncia não possa ser feita a distância, pela Ouvidoria das Mulheres ou o DISQUE 180, os casos podem ser levados pessoalmente para a Delegacia da Mulher. O Ministério Público e Poder Judiciário também estão com atendimento prioritário para os casos de violência doméstica.

Criado em 19/06/2020 - 18:26

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