O Tarde Nacional conversou com Marcelo Mori, professor do Instituto de Biologia da Universidade de Campinas e coordenador geral da Força Tarefa Unicamp contra a Covid. Ele comenta sobre um estudo da instituição que analisa o grau de risco de pessoas com obesidade para desenvolver complicações mais graves da covid-19.
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De acordo com Marcelo, a partir de estudos in vitro, observou-se que as células adiposas infectadas com o novo coronavírus acumulam uma quantidade significativa, maior até do que células primárias, como as do pulmão e intestino.
"É preciso verificar se o vírus entra e permanece na célula adiposa e por quanto tempo consegue se esconder do sistema imune", afirmou.
O professor reforçou que a obesidade está entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da forma grave da doença. Em seguida estão a diabetes tipo 2 e a idade.
Os pacientes que desenvolvem a forma grave tem uma hiperativação do sistema imune. O que determina a seriedade da doença é a resposta imune.
Controlar o peso e o nível de açúcar no sangue, além de seguir estratégias para manter uma boa saúde, são fundamentais no combate à doença.
Marcelo ressaltou que ainda não se sabe quais serão as consequências a longo prazo da covid-19 na saúde metabólica.