Os serviços de saneamento básico são indispensáveis para combater a Covid-19. Lavar as mãos e higienizar a casa são medidas preventivas contra a doença. O problema é que nem todos os brasileiros têm acesso aos serviços básicos de higiene. Segundo dados da OMS e da UNICEF, 15 milhões de residentes em áreas urbanas não têm acesso à água tratada. Já em áreas rurais, o problema afeta 25 milhões de brasileiros.
Foi pensando nessa realidade que a Unicef, o Banco Mundial e o Instituto Internacional de Águas de Estocolmo publicaram um alerta sobre a importância de garantir os serviços de saneamento durante e após a pandemia. Segundo Juliana Garrido, Especialista Sênior em Água e Saneamento da Unicef, a união entre as três instituições pode ajudar a combater o problema.
“Achamos importante lançar o alerta e unir esforços porque estamos falando de 40 milhões de pessoas no Brasil que não tem acesso a água segura na casa. As regiões norte e nordeste têm os índices mais baixos de atendimento. Cerca de 100 milhões de pessoas não têm acesso seguro ao serviço de esgoto, 2.3 milhões de pessoas ainda defecam a céu aberto no país” explicou.
O problema da água também afeta o combate a Covid-19. Isso porque, sem poder lavar as mãos ou realizar uma higiene adequada, muitos brasileiros estão sendo contaminados. Segundo a especialista, garantir acesso a água para a população também pode diminuir o número de infecções e outras doenças.
“É necessário a água para lavar as mãos, é importante que a pessoa consiga fazer essa atividade básica para diminuir o impacto da disseminação da Covid-19. O governo precisa entender que a universalização da água é importante porque cada vez que você gasta em saneamento, você deixa de gastar em saúde. O maior impacto da pandemia foi gerado pela falta de higiene” ressaltou.
O alerta das três instituições é uma oportunidade para ajudar vários brasileiros a ter acesso ao saneamento básico. Somente com a higienização e limpeza podemos diminuir o contágio pelo coronavírus e outras doenças.
