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Psicofobia: especialista fala sobre os estigmas da saúde mental

Segundo ele, há projetos no Congresso para tipificar atitudes preconceituosas e discriminatórias contra pessoas com transtornos mentais

Tarde Nacional

No AR em 19/01/2021 - 15:30

Antes algo escondido e sempre carregado de preconceitos, dentro e fora das empresas. O tema saúde mental nunca foi tão discutido como em 2020. Recentemente, o assunto ganhou também as páginas de redação do Enem. Com isso,  qualquer pessoa, sem distinção, pode passar por isso. Seja Burnout, seja depressão, seja crises de ansiedade, etc. E muitos desses seguem, normalmente, trabalhando. Mas será que há profissões mais propensas à isso? Como professores, jornalistas ou médicos? O que falar, por exemplo, da psicofobia?

Para falar sobre o assunto, o Tarde Nacional entrevista o mestre em direito do trabalho pela PUC-SP, Marcelo Válio, que é referência nacional na área do direito dos vulneráveis (pessoas com deficiências, autistas, síndrome de down, doenças raras, burnout, idosos e doentes). Ele explica que a psicofobia é muito utilizado para designar atitudes preconceituosas e discriminatórias contra pessoas com deficiências ou transtornos mentais.

Marcelo acredita que nunca o termo 'psicofobia' esteve tão em voga. "Com a pandemia e isolamento, houve um aumento enorme frente as pessoas que trabalharam em suas residências, tendo também uma maior pressão dos seus empregadores para uma produtividade maior para que não houvesse a perda do faturamento. E essa é uma tendência do nosso mundo empresarial", esclarece o especialista. 

Na entrevista, Marcelo acrescenta que as síndromes e transtornos podem ser até transitórios. Mas ao sofrer essa discriminação já se configura psicofobia, o que não é ainda um crime. No Congresso, já se discute projetos para tipificação da psicofobia. "Antes, no passado, nós tivemos enormes problemas com acidentes de trabalho. Hoje nós estamos nessa tendência mental. Das doenças e transtornos mentais", explica.

O especialista alerta que é importante uma modificação de pensamento por parte do empresariado e da sociedade brasileira. E que o trabalhador deve ser tratado como ser humano e não como uma mera peça da engrenagem ou um qualquer. Ele também fala que a Síndrome de Burnout já está no cadastro internacional de doenças (CID).

E pra você, isso tudo é frescura? Qual tem sido a participação do RH das empresas? Acompanhe a entrevista completa no player acima. 

Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, no horário de 15h às 17h, pela Rádio Nacional de Brasília. 

Criado em 20/01/2021 - 08:00 e atualizado em 19/01/2021 - 22:54

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