O Tarde Nacional desta quarta-feira (14) falou sobre a doença de chagas, que agora mais do que nunca em tempos de pandemia, as pessoas acabam sofrendo mais com as limitações de acesso ao sistema e de recursos disponibilizados. Somado à isso, pacientes com a doença de chagas - que ainda é considerada uma doença negligenciada - tem maiores riscos de desenvolver complicações cardíacas que podem se constituir em fatores de risco para a covid-19.
Quem fala mais sobre a data e a descoberta da doença pelo pesquisador brasileiro, Carlos Chagas, é Andréa Silvestre de Sousa, da Coordenação Internacional da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT). Segundo ela, esta é uma doença relacionada a condição de vulnerabilidade social de moradias deficitárias. A forma clássica de transmissão da doença é vetorial, através do inseto barbeiro, que ao se alimentar de sague humano libera as fezes contendo o parasita Trypanosoma cruzi que entra na circulação sanguínea do paciente levando à infecção.
Na entrevista, ela afirma que a principal barreira para o diagnóstico da doença é o da informação e educação, de uma forma geral. "Educação para profissionais de saúde. Educação para gestores. E claro, processos de informação e mobilização da nossa comunidade para que busquem também a possibilidade desse diagnóstico. Infelizmente, os pacientes acabam sendo diagnosticados em fases tardias e já avançadas da doença, quando já há o comprometimento e sem possilibilidades de cura", observa Andréa.
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu metas globais para erradicar a doença de chagas até 2030
Confira a entrevista completa, no player acima.