O Sistema Braille se tornou conhecido pela Europa há quase 200 anos. No Brasil, foi criada em 1999, a Comissão Brasileira do Braille, vinculada ao Ministério da Educação. Foi aí que surgiu a elaboração e difusão de importantes documentos da Grafia Braille para a Língua Portuguesa, as Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille e a Grafia Química Braille para Uso no Brasil.
Sistema baseado na combinação de seis pontos em relevo, o Braille permite a representação do alfabeto e dos números, da simbologia matemática, fonética e musicográfica permitindo que o cego faça a leitura tátil. Cada caractere pode ser percebido pelo dedo indicador com apenas um toque.
Para falar sobre o Dia Nacional do Sistema Braille, o Tarde Nacional desta quinta-feira (8) conversou com a coordenadora de Revisão da Fundação Dorina Nowill, Regina de Oliveira. Você sabia, por exemplo, que existe uma lei que permite que esse público possa escolher um livro, um formato de leitura que melhor lhe agrada?
"Com o Tratado de Marrakech a pessoa pode ir até uma livraria e solicitar um livro no formato que ela necessite. Aí essa editora tem um prazo estabelecido para que ela providencie a produção desse livro. Seja ele, em braille, autolivro ou digital. Então, a RBI garante esse direito às pessoas cegas", esclarece Regina.
Ainda assim, ela lamenta que muito do que seja produzido no mercado editorial não esteja disponível no Sistema Braille. Na entrevista, a entrevistada menciona também a importância do trabalho voluntário de ledores para cegos em instituições como a Dorina Nowill.
Confira a entrevista completa, no player acima. E sabia mais sobre o Tratado de Marrakesh.
