A disbiose intestinal é um desequilíbrio na flora intestinal que é gerado através da alteração na quantidade e na distribuição de bactérias no intestino, causando inflamação e alterando a capacidade do intestino em absorver nutrientes, podendo resultar em deficiências nutricionais, por exemplo. A principal causa da disbiose é a má alimentação, mas pode também ser causada por fatores como uso de alguns medicamentos ou estresse.
Em alguns casos, a alteração da flora intestinal pode causar sintomas passageiros como náuseas, gases, vômitos, azia, diarreia ou prisão de ventre e, quando ocorre por muito tempo e não é tratada, tem piora e aumento do risco de desenvolvimento de intolerância à lactose, doença celíaca ou síndrome do intestino irritável.
O Tarde Nacional conversou com Zuleica Barrio Bortoli, médica gastroenterologista do Hospital Brasília, sobre o assunto. A profissional retratou sobre o funcionamento da doença, assim como os sintomas, o diagnóstico, e contrapôs alguns mitos relacionados às causas da disbiose.
Segundo a médica, a disbiose acomete pessoas de todas os sexos e idades, independente destes fatores, o que tem influência direta na obtenção da doença são os hábitos de vida de cada um.
“As mulheres, a gente percebe que têm a maioria dos sintomas, não se sabe se é porque elas são mais sensíveis e percebem isso mais rapidamente do que os homens, mas pega todos os sexos e todas as idades. Também vai muito do dia a dia, e de como é a vida de cada um, se têm hábitos de vida saudáveis, se usa medicamentos ou não, tudo isso pode influenciar no quadro da disbiose.”, observa a profissional.
Bortoli também comenta sobre os casos em pessoas de idade avançada, e o porquê dessa doença acometer os idosos com facilidade.
“Com o passar dos anos, e com a idade a tendência aumenta porque a nossa digestão vai mudando. Eu falo para os pacientes que a gente tem que aprender a comer a partir do momento que nasce, e quando a gente vai envelhecendo. As nossas necessidades vão mudando, a nossa produção enzimática vai mudando, e a gente tem que se adaptar as novas fases que a gente está vivendo.”, destaca.
A médica também ressalta a importância dos profissionais nutricionista para uma melhora na qualidade de vida e dos hábitos alimentares, a fim de diminuir os efeitos da disbiose.
Confira a entrevista completa no player acima.