Em entrevista no programa Tarde Nacional desta segunda-feira (26), Jailson Bittencourt de Andrade, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) para a região Nordeste e Espírito Santo falou sobre o documento lançado pela organização em defesa dos oceanos, que reúne orientações para o Brasil cumprir as metas estabelecidas pela ONU para a 'Década da Ciência Oceânica'.
Com acúmulo de nutrientes, poluentes orgânicos, metais pesados e plásticos, o oceano vem sendo assolado pela contaminação ambiental, que representa uma ameaça à economia e à saúde pública. Com o objetivo de destacar a importância da proteção do maior bioma do planeta, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou a “Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável” para os anos de 2021 a 2030.
Entre as principais recomendações do documento estão a implementação de um instituto nacional que coordene as atividades científicas relativas à pesquisa oceânica e de um sistema de observação integrado em diferentes escalas espaciais e temporais, a capacitação na criação de equipamentos e insumos essenciais ao desenvolvimento da pesquisa marinha, e a necessidade de aprimoramento na regulamentação da exploração de recursos naturais marinhos.
Na ocasião, foi discutida também a importância da Amazônia Azul, território marítimo brasileiro de 3,6 milhões de quilômetros quadrados registrado como zona econômica exclusiva (ZEE), para a sobrevivência e prosperidade do Brasil.
Fundada no dia 3 de maio de 1916, sob o nome de Sociedade Brasileira de Sciencias, a Academia Brasileira de Ciências completou, em 2021, 105 anos. Ela foi criada por um grupo de pesquisadores da Escola Politecnica do Rio de Janeiro sob a liderança do astrônomo Henrique Morize — seu primeiro presidente —, com o objetivo de reconhecer o mérito científico de grandes pesquisadores brasileiros e contribuir para a promoção do desenvolvimento da ciência e da educação.
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