Pandemia prejudicou a saúde mental de crianças e adolescente com a falta da rotina escolar? Para esclarecer essa questão o Tarde Nacional conversou com Georgya Corrêa, pedagoga, fundadora, idealizadora e diretora pedagógica da Escola Teia Multicultural e cofundadora e diretora pedagógica da Edtech Asas Educação.
Ela defende que a saúde mental das crianças é sim prejudicada com o isolamento, "mesmo porque as crianças se acostumaram ao longo da vida há um ato bem concreto que é 'ir a escola'".
A professora acredita que isso era algo que trazia um contorno para a rotina, organizando assim esse limite interno da criança. "Da mesma forma que o adulto precisa ter uma perspectiva para se organizar na vida a criança também, e a escola era esse lugar, com a pandemia isso deixou de ser uma verdade absoluta", observa.
"Em primeiro lugar tem essa desconstrução dessa crença, que é uma orientadora dentro da rotina, e que vai trazer questionamento para nossas crianças: 'poxa, porque agora eu tenho que ir para escola, mas na época da pandemia eu não ia e tudo bem'", antevê a especialista.
"Por conta de todas as dificuldades que nós pais e mães acabamos enfretando no dia a dia em cuidar da casa, cuidar do trabalho também, acabou prejudicando a atenção que a gente dá para crianças, e, com isso, elas passaram a se dedicar muito aos eletrônicos, tanto quanto formas de intereção quanto para o próprio estudo", avalia. "Isso acaba trazendo alguns distúrbios, por causa da forma que isso fica muito estimulado no cérebro da criança."
Ouça a entrevista completa:
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