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Conheça o Mekukradjá – Circuito de Saberes que acontece entre 28 e 30 de julho pela internet

Evento chega a sua 6ª edição com encontros dedicados às tradições, à resistência, às renovações e a outros aspectos dos universos indígenas no Brasil contemporâneo

No AR em 27/07/2021 - 18:00

Ouça a entrevista com Júnia Torres, cineasta, antropóloga e curadora (junto com o escritor e educador Daniel Munduruku) da 6ª edição do Mekukradjá – Circuito de Saberes, um encontro virtual que acontecerá pela página do YouTube do Itaú Cultural entre os dias 28 e 30 de julho.

No Tarde Nacional desta terça-feira (27), Júnia falou sobre a iniciativa, que promove encontros dedicados às tradições, à resistência, às renovações e a outros aspectos dos universos indígenas no Brasil dos dias de hoje. Entre os temas que serão abordados estão a representatividade indígena no mundo virtual, bem como suas iniciativas empreendedoras, as participações ativas em produções culturais e a manutenção das práticas ambientais coletivas. Serão 18 convidados de comunidades do Acre, Alagoas, Bahia, Roraima, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.

O termo "Mekukradjá" significa "encontro de saberes" na língua dos Caiapó. Serão 3 dias de programação on-line e ao vivo, promovendo círculos de trocas de saberes para abordar assuntos relacionados à tradição, renovação e cultura dos povos originários.

Sempre com duas mesas de debate por dia, às 10h e às 16h, o evento exibe, ainda, "O verbo se fez carne" (2019), primeiro curta-metragem do diretor Ziel Karapotó, que será transmitido após a fala do cineasta. Vencedor de 20 prêmios no circuito de cinema nacional, o filme fala sobre as cicatrizes deixadas pela invasão dos europeus em Abya Yala, que, na língua do povo Kuna, significa terra madura, terra viva ou terra em florescimento e é sinônimo de América.

PROGRAMAÇÃO:

Dia 28 de julho, quarta-feira

Das 10h às 11h

Mesa 1 - O que se pode aprender com o passado? Memória como instrumento de luta e de construção do futuro.

Com: Paulo Pankararu: advogado de diversos povos e organizações indígenas do Brasil.

Dário Kopenawa Yanomami: filho mais velho de Davi Kopenawa Yanomami, líder conhecido em todo o mundo pela defesa dos direitos do povo Yanomami.

Kanatyo Pataxó, cacique e professor graduado pelo Curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas na Universidade Federal de Minas Gerais (FAE/UFMG)

Dona Liça Pataxó, liderança das mulheres e professora pertencente ao povo Pataxoop.

A mediação é de Daniel Munduruku, escritor e professor indígena Munduruku.

Das 16h às 17h

Mesa 2 - O futuro que se chama hoje. Redes sociais como militância política e futurismo indígena

Com: Alana Manchineri: responsável pela rede de jovens comunicadores indígenas da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).

Cristian Wariu – Guerreiro Digital: comunicador que desmistifica ideias preconceituosas e estereotipadas sobre os povos indígenas por meio dos podcasts Copiô Parente e Voz Indígena.

Ziel Karapotó: artista multimídia, ativista, produtor cultural e cineasta, pertencente à nação indígena Karapotó.

A mediação é de Renata Tupinamba, co-fundadora da Rádio indígena Yandê, jornalista, produtora, poeta, consultora, curadora, roteirista e artista visual e criadora do podcast Originárias, primeiro no Brasil de entrevistas com artistas e músicos indígenas, que íntegra a central de Podcasts femininos PodSim.

Na sequência, é exibido O verbo se fez carne (2019), filme Ziel Karapotó, com duração de sete minutos e classificação indicativa de 12 anos.

Às 17h - Show - Após a conclusão da segunda mesa de debate do dia, é transmitida a apresentação musical ao vivo do Brô MC's, primeiro grupo de rap indígena do Brasil.

29 de julho, quinta-feira 

Das 10h às 11h

Mesa 3 - A memória como instrumento de luta. Luta, direito, história.

Com: Cacique Babau: um dos maiores nomes de lideranças indígenas, a nível nacional e internacional, pela sua atuação na denúncia das violações de direitos dos índios.

Alessandra Korap Munduruku: líder Munduruku, ele atua em defesa pela demarcação do território indígena e a proteção dessa terra, denunciando a exploração e atividades ilegais do garimpo, mineração e da indústria madeireira.

Eloy Terena: advogado indígena Terena, defensor dos direitos humanos dos povos indígenas.

Mediação de José Ribamar Bessa Freire, doutor em literatura comparada, professor do Programa de Pós-graduação em Memória Social da Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO) e coordenador do Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Também é docente em programas interculturais de educação indígena e autor de livros e artigos sobre história e línguas indígenas.

Das 16h às 17h

Mesa 4 - Somos aqueles por quem esperamos. O futuro da mãe Terra.

Com: Benki Piãko: um dos principais líderes do povo Ashaninka, do rio Amônia, no Acre.

Oreme Ikpeng: ativista ambiental, trabalha na rede de sementes do Xingu Mulheres Yarang

Jera Guarani: liderança indígena da aldeia Tenonde Porã (SP) e Kalipety.

Mediação de Wellington Cançado, editor da revista Piseagrama e professor da Escola de Arquitetura e Design da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde integra o grupo Cosmópolis. Ele faz pesquisas e escreve sobre as metamorfoses urbanas e os cinemas indígenas.

30 de julho, sexta-feira

Das 10h às 11h

Mesa 5 - Histórias que mudam a história. A literatura dos mundos possíveis

Com: Julie Dorrico: pertencendete do povo Macuxi, é idealizadora do canal no Youtube Literatura Indígena Contemporânea.

Denizia Fulkaxó: pedagoga, contadora de histórias, mestranda em Povos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras com o tema Paradidático; Narrativas da Memória, História, Interculturalidade do Povo Indígena Kariri-Xocó/AL, pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB/BA).

Marcelo Manhuari: escritor indígena, autor do livro Cidade das Águas Profundas,

Mediação feita por Rita Carelli, atriz, diretora, escritora e ilustradora, ela colabora para a ONG Vídeo nas Aldeias.

Das 16h às 17h

Mesa 6 - A arte para além dos tempos. Formas de expressão o além de nós

Com: Takumã Kuikuro: cineasta, membro da aldeia indígena Kuikuro, reconhecido nacional e internacionalmente pelos seus filmes, tendo sido premiado no Festival de Gramado, Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Olhar de Cinema, Jornada Internacional de Cinema da Bahia, Festival de Filmes Documentário Etnográfico e Festival Presence Autochtone de Terres em Vue. Em 2017, recebeu o prêmio honorário Bolsista da Queen Mary University London. Foi, em 2019, o primeiro jurado indígena do Festival de Cinema Brasileiro de Brasília.

Olinda Muniz Tupinambá: indígena do povo Tupinambá e Pataxó hãhãhãe, produtora cultural, jornalista, cineasta e ativista ambiental.

Edenilson Dias/Ateliê Terena: acadêmico de artes cênicas, bailarino clássico e estilista. Filho de mãe preta e pai indígena da etnia terena.

Mediação: Naine Terena, artista, educadora e uma das organizadoras do livro Povos indígenas no Brasil: Perspectivas no fortalecimento de lutas e combate ao preconceito por meio do audiovisual, publicado em 2018 e do Dossiê Educação escolar indígena (Revista Abatirá/2020). Em 2019 foi uma das cinco finalistas do Jane Lombard Prize for Art and Social Justice, oferecido pelo Vera List Center for Art and Politics, de Nova York (EUA), e agraciada, em 2020/2021, como Mestre da Cultura de Mato Grosso.

SERVIÇO:

6ª Edição do Mekukradjá – Circuito de Saberes: O futuro está na memória

28 a 30 de julho (quarta-feira a sexta-feira)

Debates às 10h e às 16h

28 de julho (quarta-feira), às 17h

Filme: O verbo se fez carne (2019), de Ziel Karapotó, com duração de sete minutos e classificação indicativa livre

Show: grupo Brô MC's

Criado em 27/07/2021 - 19:12