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Ouça entrevista com Luiz Artur Ferraretto sobre o livro "80 anos das Rádios Nacional e MEC"

No domingo, dia 12 de setembro, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro completa 85 anos de sua fundação

No AR em 09/09/2021 - 00:18

No domingo, dia 12 de setembro, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro completa 85 anos de sua fundação. Em comemoração, a equipe da emissora preparou um programa especial, ao vivo, a partir das 10 horas da manhã, com apresentação de Dylan Araujo. Outras produções, como o "Histórias do Frazão", com Osmar Frazão (domingo, 8h), e o "Ponto do Samba", com Rubem Confete (sábado, às 11h; e domingo, às 20h), também se dedicam às comemorações do aniversário da Nacional do Rio de Janeiro, entre outras atrações.

Em mais uma entrevista em homenagem à emissora, no Tarde Nacional desta quarta-feira (08), Luciana Valle e Fátima Santos conversaram com Luiz Artur Ferraretto, doutor e especialista em Comunicação e Informação, Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e um dos organizadores do livro 80 Anos das Rádios Nacional e MEC do Rio de Janeiro (junto com Nélia Del Bianco e Luciano Klöckner), lançado pela EDIPUCRS – Editora Universitária da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em 2017.

Na pauta, a contextualização histórica da Rádio Nacional desde sua fundação, em 1936, no Rio de Janeiro, em formato privado e comercial. No governo de Getúlio Vargas, a emissora se tornou pública. "O Vargas era um sujeito que tinha conhecimento do poder do rádio", comenta o professor ao discorrer sobre o uso político do rádio desde antes da revolução de 1930. "Ele [Getúlio] tinha a ideia do poder do rádio, da importância do rádio, e ele vai usar a Rádio Nacional, e o nome cai como uma luva nesse processo, para unificar o país", fala Luiz Artur Ferraretto durante a entrevista.

No livro 80 Anos das Rádios Nacional e MEC do Rio de Janeiro, os organizadores fazem uma leitura a partir da economia política da comunicação, descrevendo o modelo de negócio da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, em seu período de apogeu, as décadas de 1940 e 1950. A emissora se torna pública, mas mantém seu financiamento pela publicidade. Para além do econômico, a obra procura debater os usos políticos e sociais da emissora, em especial, em dois períodos sob o governo de Getúlio Vargas, o da ditadura do Estado Novo (1937-1945) e o democrático (1950-1954).

Durante o bate papo, muitos assuntos relacionados ao meio rádio vieram à tona, com destaque para a importância atual do rádio. "Acho importantíssimo ainda o papel da Rádio Nacional, no sentido de levar mensagens para os mais diversos rincões do país", afirmou ele. Indo além da contextualização histórica, financeira e política da emissora, Ferraretto também falou sobre o caráter cultural e a enorme estrutura criada com foco em sua produção artística. Novelas, orquestras, programas de auditório, programas de humor, contando em seus quadros com grandes nomes da dramaturgia e da música. "A Nacional tinha seis grandes estúdios, um para rádio teatro, um para radiojornalismo, um palco estúdio. Tinha um estúdio para pequenos conjuntos, um para grandes orquestras. Tinha um auditório com 496 lugares. O quadro de pessoal dela tinha 10 maestros, 124 músicos, 33 locutores, 55 rádio atores, 39 rádio atrizes...." discorreu ele sobre a força da emissora em seu auge, na metade da década de 1950.

Ouça a entrevista na íntegra clicando no player.

Confira também: Rádio Nacional do Rio de Janeiro completa 85 anos: Ouça entrevista com o maestro Tranka Oliveira

 

Criado em 09/09/2021 - 01:37