Foi no lago de Furnas, na cidade de Capitólio em Minas Gerais, que neste fim de semana uma rocha se desprendeu do paredão atingindo várias embarcações que passavam pelo local. Até agora, devido ao impacto da rocha, foram contabilizadas 10 mortes e mais de 30 feridos. Sobre esse assunto, o Tarde Nacional conversou com Maurício Ehrlich, professor de Engenharia Geotécnica da COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
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De acordo com o especialista, essa queda de blocos de pedra é um processo natural mas existe também o fator geológico. Dessa forma, os cânions, regiões como a de Capitólio, são formados assim, com a movimentação de rochas durante anos e anos. Na conversa, o professor ressalta que já em 2012 existiam sinais evidentes do desprendimento de rocha naquele local.
"Esses acidentes em cânions são comuns acontecerem, a escala geológica é diferente da escala humana, todas essas massas rochosas um dia vão cair. Mas a engenharia tem condições de ir atrasando esse processo", afirmou o engenheiro.
Maurício ainda diz que, no local onde ocorreu o acidente em período de chuvas, não deveria ter embarcações, mesmo que as pessoas se guiem pela curiosidade.
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