Um estudo avaliou que houve uma diferença entre os anos de 2019 e 2020 na tendência de surgimento de bactérias multirresistentes em Unidades de Terapia Intensiva Adulto (UTIA). Essas bactérias são aquelas que dificultam o tratamento por meio de antibióticos e podem impactar na gravidade do paciente, podendo levar ao óbito. Sobre esse assunto, o Tarde Nacional desta terça-feira (18) conversou com Viviane Hessel Dias, infectologista, professora e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
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De acordo com ela, por meio desse estudo observou-se que essas bactérias surgiram em quase o dobro de pacientes internados em UTIs, isso em comparação com o ano de 2019. Nesse contexto de 2020, ocorria o pico de casos da covid-19, no qual os hospitais estavam lotados de pacientes contaminados com a doença. Esse foi justamente o achado do estudo, de acordo com a infectologista. Dessa forma, a conclusão foi que os dispositivos utilizados nesses pacientes facilitaram a disseminação de bactérias super-resistentes.
"Essa pesquisa trouxe um alerta para os hospitais e para as instituições de saúde, mas também para a população", afirma Viviane ao explicar que as pessoas devem se vacinar contra a covid-19 e continuar tomando todos os cuidados para evitar internações.
Confira aqui o estudo na íntegra.