Diagnosticada com degeneração de córnea, Maria de Fátima Medeiros e Silva, era ainda acadêmica de Letras - Português quando resolveu fazer um projeto de extensão na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) voltado para a leitura acessível.
"Quando a gente apresentou o piloto ao vivo para os cegos foi muito legal. Pois como cada personagem tinha uma voz, a gente via a movimentação deles. Era igual quando assistimos a um filme em 3D."
Segundo ela, a ideia do “Projeto Releituras – Livro Acessível”, considerada uma versão 3D do audiolivro está só começando.
"A gente começou para baixa visão e cegos, depois passou para dislexia e TDAH. E descobrimos, inclusive, que a leitura do audiolivro atrasa ou até 'cura' o Alzheimer."
Confira aqui o projeto no YouTube.
"No nosso canal estamos com 90 títulos, de infantis a outros livros. E há também a rádio iniciada durante a pandemia, cuja programação é só de audiolivros. No sábado, eu coloco a historiografia da música popular brasileira. E aos domingos, eu abro para qualquer tipo de manifestação artística."
Ouça a entrevista completa no player acima.