Oftalmologista esclarece os riscos do uso de pomadas capilares

Em fevereiro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de 3 mil marcas de pomadas capilares após relatos de lesões oculares em várias regiões do país. Demanda esta que aumentou bastante no período de pré-carnaval pelo uso do produto pelas mulheres na modelagem dos penteados. Todavia, muitas dessas pomadas provocaram riscos de queimadura e até cegueira temporária. 

Para saber como proceder caso o olho seja atingido e como modelar o cabelo sem risco, o Tarde Nacional conversou com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto.

"Pelos relatos que eu ouvi falar, as usuárias iam ao salão de beleza fazer o penteado. Mas quando iam a piscina, chovia ou transpiravam, é que escorria a pomada e acabava causando uma irritação ocular muito grande. Uma espécia de queimadura ocular."

Entre os componentes suspeitos de ameaçar a saúde dos olhos, ele cita o propilenoglicol, que é um composto orgânico do álcool. "Mas existem também outros utilizados em produtos cosméticos. O propilenoglicol é um conservante, primo do álcool".

O médico chama a atenção ainda para um levantamento sobre esses componentes, visto que algumas agências reguladoras na Europa já desaconselhavam muitas dessas substâncias. 

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