O clima de folia do carnaval faz muita gente descuidar da saúde sexual. O risco disso é adquirir alguma doença sexualmente transmissível, entre elas a síndrome da imunodeficiência adquirida, conhecida como Aids.
A Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira de 15 a 54 anos de idade (PCAP), do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, aponta que 94% de todos os brasileiros sabem que a camisinha é o meio mais seguro de se proteger e evitar o contágio, mas 45% da população sexualmente ativa afirmou não ter utilizado o preservativo em relações sexuais casuais, expondo um extremo descuido com a saúde. Além disso, o último levantamento da UniCarioca apresentou um resultado preocupante em relação ao carnaval: 88% dos cariocas afirmaram que fariam sexo sem camisinha durante a folia.
Para debater o assunto e alertar a população sobre os cuidados com a saúde sexual, o Tema Livre desta segunda-feira (9) entrevistou a bióloga e enfermeira especialista em administração e serviços de saúde, Margarida Maria Rocha Bernardes, e o coordenador do programa de pós-graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Antônio Marcos Tosoli Gomes, que também desenvolve pesquisas relacionadas ao vírus HIV.
Margarida falou da preocupação com os jovens que parecem não entender que a Aids é uma doença séria."Essa garotada nos preocupa, porque melhorou muito a qualidade de vida de quem tem Aids, isso é um fato. É uma doença com tratamento, mas a gente percebe que diminuiu a mortalidade, mas aumentou a contaminação. E nossa preocupação é com o Carnaval e todas as festas, então a gente tem que estar antenado nessas questões de promoção da saúde e prevenção de risco", disse a pesquisadora.
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Tema Livre vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10h04, pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
