A hanseníase é uma das doenças mais antigas que se tem registro no mundo. Há casos registrados pela literatura na China, Egito e Índia em tempos antes de Cristo. Antigamente, quando a doença ainda não apresentava nenhum tratamento, pacientes eram submetidos a condições desumanas de vida, sendo totalmente isolados. Atualmente, apesar dos avanços no tratamento, muitos pacientes ainda sofrem com o preconceito e com dificuldades para serem diagnosticados.
O Tema Livre desta segunda-feira (22) convidou o ex-paciente e membro do Conselho Estadual e Municipal da Pessoa com Deficiência, Célio Gonçalves Marques, e o coordenador nacional do atuante do Movimento de Integração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Arthur Custódio.
Custódio afirmou que a dificuldade de diagnóstico ainda permanece no Brasil e que há uma série de melhorias a serem feitas para superar o cenário, como aumentar a realização de campanhas de conscientização.
"O Brasil é o primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase; o segundo em termos absolutos de casos, os dados parciais de até janeiro eram de 23 mil casos. A média nos últimos cinco anos foram 35 mil casos. A Índia tem muito mais casos no Brasil, mas quando a gente divide pela população e faz a proporção, o Brasil está acima da meta da Organização Mundial de Saúde, que é de um para cada 10 mil habitantes; o Brasil está em torno de 2,3 para cada 10 mil habitantes. Mas já foi pior, a gente está melhorando", disse Arthur.
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O Tema Livre vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10h04, pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro.