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Vítimas de violência obstétrica devem acionar Comitê de Morte Neonatal

A afirmação é da médica obstetra Lívia Martins, em entrevista ao Viva

Dizem que a vida não tem replay, mas quando o assunto é saúde da mulher, mais precisamente seus direitos sexuais e reprodutivos, parece que as histórias se repetem.

 

O Viva Maria desta quarta-feira (20) conta, a partir de uma carta anônima, originada do Pará, que a questão do atendimento humanizado na hora do parto está longe de ser resolvida, apesar das políticas públicas e de todo o empenho que o movimento de mulheres tem feito pelo tema, como questões relacionadas aos direitos das mulheres de terem acompanhante, entre outras reivindicações.

 

Confira outras edições do Viva Maria aqui

 

Sobre o assunto, o programa conversa com a médica obstetra Lívia Martins, que explica a importância de as gestantes que sofrerem violência no parto, com consequente morte do bebê, recorrerem às instâncias do poder público. Uma delas é o Comitê de Morte Neonatal.

 

Lívia Martins contou que o assunto que entristece muito, uma vez que há uma luta de longos anos para melhorar a qualidade da assistência ao parto no país, principalmente no que se refere à extensão da assistência a todas as mulheres, principalmente as da Amazônia, que têm muito mais dificuldades no próprio acesso ao sistema de saúde.

 

“No caso das mulheres da Amazônia, eu recomendaria que elas procurassem o Comitê de Morte Materna do município. Se o município não tiver, que elas recorram à Secretaria Estadual de Saúde para se informar sobre o Comitê de Morte Neonatal”, orientou.

 

De acordo com a médica obstetra, é preciso reconhecer que muitas vezes os profissionais de saúde trabalham em situações muito adversas e, às vezes, o erro não é humano, e sim de estrutura, da carência de tecnologias e profissionais. Por isso, antes de culpabilizar, é preciso convidar o comitê para estar presente nos assuntos da comunidade.

 

“O comitê vai fazer todo um levantamento das histórias e pessoas envolvidas e, com isso, detectar aonde foi a falha. Desse jeito, toda a comunidade hospitalar, assim como a comunidade que vive nos arredores, vão estar aprendendo sobre o assunto e fazendo valer os seus direitos”.

 

Confira a íntegra da entrevista nesta edição do Viva Maria.

 

*Este programete é uma reprise. Ele foi veiculado originalmente em 22 de setembro de 2014.

 

Desde o início da década de 80, as mulheres sabem: têm voz no rádio brasileiro. Com mais de 30 anos dedicados à defesa dos direitos da mulher, o Viva Maria apresenta temas relevantes e entrevistas com personalidades que contribuem para a melhoria da vida da mulher.

 

Em formato de programete, o Viva Maria é presença garantida na programação das Rádios EBC.

 

Apresentação e Produção: Mara Régia



Criado em 20/05/2015 - 13:03 e atualizado em 20/05/2015 - 10:49

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