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Cronista fala sobre desafio da construção da identidade

Júnia Puglia fala ao Viva Maria deste 1º de outubro sobre a crônica "O

Quinta-feira, 1º de outubro de 2015. O mês é dez! O Viva Maria dá nota máxima às amigas e discípulas de Lélia Gonzalez, que nessa quarta-feira (30) prestigiaram a “festa monumento” feita pela ONU para homenagear o feminismo negro no palco da história do Brasil.

 

Gente como a socióloga e mestre em História Comparada, Elizabeth Viana, que fez questão de gravar um depoimento sobre Lélia Gonzalez.

 

“Não tem uma outra pessoa tão rica. Eu conheci alguns estudos e ela tem muitos escritos. Ela era uma pessoa que ia dormir 3 ou 4 horas da manhã só estudando e escrevendo. E ela cobrava isso da gente, a organização do pensamento e disciplina”.

 

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Em meio a depoimentos e citações, o programa destaca a crônica "O que vem de dentro", de Júnia Puglia, tudo a ver com a nossa identidade e negritude. Segundo a cronista, a identidade é algo muito interessante, pois algumas definições são imediatas e aparecem já no nascimento do indivíduo.

 

“Eu, por exemplo, nasci menina e branca. Depois, quando eu comecei a crescer, com alguns meses, perceberam que eu era canhota. Isso tudo é parte da identidade”.

 

Porém, segundo Júnia Puglia, algumas outras definições da identidade que o indivíduo vai formando ao longo da vida.

 

“Muitas das identidades que a gente vai adquirindo, conforme o tempo vai passando e a gente vai crescendo, são identidades que chegam para a gente por causa da forma como a sociedade classifica as pessoas. Por exemplo, se você (Mara Régia) é mulher e eu sou mulher, a expectativa é que a gente se apaixone e goste de homens. Mas, isso pode não ser assim”.

 

A cronista explicou que existe uma expectativa social das pessoas.

 

“A gente está acostumado a olhar para as pessoas e tirar conclusões imediatas sobre quem elas são. O rapaz negro deve ser bandido, a fulana tem cara de empregada, etc. Isso é muito triste, mas as coisas são assim. São as construções que a sociedade vai fazendo e essa definição sobre as pessoas gruda nela. Então, lutar contra isso é muito difícil”.

 

Desde o início da década de 80, as mulheres sabem: têm voz no rádio brasileiro. Com mais de 30 anos dedicados à defesa dos direitos da mulher, o Viva Maria apresenta temas relevantes e entrevistas com personalidades que contribuem para a melhoria da vida da mulher.

 

Em formato de programete, o Viva Maria é presença garantida na programação das Rádios EBC.

 

Apresentação e Produção: Mara Régia



Criado em 01/10/2015 - 13:09 e atualizado em 01/10/2015 - 09:20

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