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AmazonLog: treinamentos vão ajudar exercito Argentino, diz Coronel Boroni

O Coronel Daniel Boroni, do exercito Argentino, um dos países observadores no AmazonLog falou com a equipe da EBC.

Boa Noite Solimões

No AR em 11/11/2017 - 13:29

O agravamento da seca no norte do país, na região da tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru, levou ao deslocamento de centenas de civis para a cidade de Tabatinga, no Amazonas. A atividade faz parte de um conjunto de simulações realizadas pelas Forças Armadas para treinar procedimentos de ajuda humanitária em caso de catástrofes.

O Coronel Daniel Boroni, do exercito Argentino, um dos países observadores no AmazonLog falou com a equipe da EBC. Boromi ressaltou a importância de se realizar o treinamento prévio de prodedimentos de ajuda humanitária. “A ajuda humanitária vai ser cada vez mais necessária, justamente pelos efeitos das mudanças climáticas. Teremos mais secas, enchentes, situações extremas. Se não se treina isso antes, quando chega a emergência, a resposta acaba sendo improvisada”, disse.

O argentino lembrou que a eventual falta de controle das situações emergenciais pode desestabilizar uma sociedade. "Imagina uma situação em que não se tem onde cozinhar, comer, energia elétrica. Se falta água, isso gera outro problema, pois as pessoas vão beber água contaminada e aí vêm as diarreias, o cólera", exemplifica. O Coronel diz que , nesse tipo de situação, o número de enfermos pode aumentar rapidamente e o sistema de saúde local pode entrar em colapso. "A população vai pedir respostas das autoridades e começa um processo de protesto social, e aí temos outro problema criado. Aquilo que deveria ser tranquilo, se transforma em um pequeno conflito quando não se planeja”, concluiu.

As atividades da Amazonlog tiveram início no dia 6 e vão até a próxima segunda-feira (13). Além dos exércitos do Brasil, da Colômbia e do Peru, o evento tem a presença de militares dos Estados Unidos. Do Brasil, participam cerca de 1.550 militares; a Colômbia enviou 150; o Peru, 120; e os Estados Unidos, 30. Outros países, como Alemanha, Rússia, Canadá, Venezuela, França, Reino Unido e Japão, estão enviando menos que dez representantes cada.

A atividade envolve unidades de transporte, logística, manutenção, suprimento, evacuação e engenharia. No caso de catástrofes, por exemplo, isso implica o planejamento logístico de deslocamento de equipamentos, suprimentos e equipes até o local da ação. Além de preparar a área, é preciso pensar em como atender os feridos e evacuar as pessoas. Também estão sendo feitos atendimentos às comunidades que vivem na região, como índios e ribeirinhos do Brasil e de países vizinhos.

Colaboração de Luciano Nascimento, Agência Brasil.

Criado em 11/11/2017 - 14:08

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