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Confira a última parte do especial “210 anos de Giuseppe Verdi”

O Caderno de Mùsica destaca as óperas “Aida", “Otello” e “Falstaff”

Caderno de Música

No AR em 22/10/2023 - 14:30

O Caderno de Música deste domingo (22) traz a última parte do especial “210 anos de Giuseppe Verdi”, com destaque para as óperas “Aída", “Otello” e “Falstaff”.

No último programa, destacamos as três óperas mais importantes de Giuseppe Verdi: “Rigoletto”, “Il Trovatore” e “La Traviata”. Escritas no início dos anos 1850, essas óperas, conhecidas como a ‘Trilogia Verdiana’, não apenas elevaram o padrão da ópera italiana do século XIX, como fizeram de Verdi um dos mais importantes compositores de todos os tempos. 

Em 1871, Verdi apresenta mais uma grande contribuição para a ópera italiana ao compor “Aída". Com libreto de Antonio Ghislanzoni, ela foi escrita sob encomenda para a inauguração do canal de Suez, e teve sua estreia em 24 de dezembro de 1871. A ópera é ambientada no Egito Antigo, e narra um triângulo amoroso entre a princesa etíope Aida, o comandante militar Radamés e a princesa egípcia Amneris, em meio a guerra e conflitos políticos. Além da grande qualidade musical, ‘Aida' é marcada pela tragédia humana e o confronto frente às imposições do Estado e da religião. A obra também reflete os interesses europeus pelo exotismo e pela arqueologia da época, proporcionando uma experiência teatral épica e monumental, com grande riqueza de cenário e figurino.

Em 1879, impulsionado pelo libretista Arrigo Boito, Verdi compôs a ópera “Otello”, dando início à última fase criativa do compositor. Composta por quatro atos, “Otello” é baseada na tragédia homônima de William Shakespeare e considerada por muitos como a maior tragédia verdiana. Nesta ópera, Verdi alcançou o limite da caracterização dos personagens, revelando as profundezas da natureza humana e destacando elementos como ciúmes e traições através de melodias expressivas e uma sutileza musical quase camerística. A obra, que se passa na ilha de Chipre no final do século 15, teve uma estreia de sucesso no Teatro alla Scala de Milão, em 5 de fevereiro de 1887. 

A última ópera de Verdi, "Falstaff" possui libreto escrito por Arrigo Boito, que se baseou na obra “As Alegres Mulheres de Windsor”, de William Shakespeare. Vale ressaltar que Verdi já era um compositor bastante consagrado no meio operístico, e não precisava mais provar sua genialidade. Desta forma, ele pôde fazer uma ópera mais divertida, contando a história do boêmio fanfarrão Falstaff, e abordando sentimentos humanos mais profundos de forma bastante leve. Cheia de humor e vivacidade, a obra demonstra o domínio de Verdi não apenas na tragédia, mas também na comédia lírica, com diálogos rápidos, menos linhas melódicas grandiosas e um maior destaque para a autonomia da orquestra. A estreia de “Falstaff” ocorreu no Teatro alla Scalla, em Milão, em 9 de fevereiro de 1893, e, como esperado, foi um sucesso entre o público e a crítica da época.

Verdi foi, incontestavelmente, um dos grandes nomes da ópera mundial, compondo quase trinta obras do gênero. Além das que já foram citadas neste e nos programas anteriores, também merecem destaque as óperas “Ernani”, “Macbeth”, “Jerusalem”, “Les vêpres siciliennes”, “Simon Boccanegra”, “La forza del destino" e “Don Carlo”.

O Caderno de Mùsica vai ao ar neste domingo, às 14h30, na MEC FM

 

Criado em 17/10/2023 - 18:20

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