Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB) comemora 10 anos de atividades. Em entrevista ao programa Cotidiano, o presidente Nacional do MOAB, Fernando Cotta, conta que o Movimento nasceu nos Estados Unidos, em 2004, um ano antes de se tornar um movimento mundial.
O presidente avalia se o movimento hoje tem do que se orgulhar: "Se essas pessoas tiverem de fato a atenção dedicada das autoridades e acesso amplo às políticas públicas, às terapias precocemente administradas, educação especial ou mesmo inclusiva, ou seja, quando os serviços de educação e saúde estiverem disponíveis para as pessoas com autismo, há uma grande chance desses pais terem orgulho".
E ressalta: "Da forma como está, não há do que se orgulhar, mas todo pai e mãe tem orgulho sim dos seus filhos autistas, porque querem dar oportunidades a eles, e que essas pessoas tenham o direito de cuidar de si mesma, cada um no seu limite".
Fernando Cotta explica que o autismo é uma deficiência que atinge principalmente os eixos da comunicação e da sociabilização. Os autistas têm dificuldade de se comunicar, de estar com outras pessoas, de brincar, de entender os outros. Muitos deles não falam. "O grande enigma do autismo é que se consiga entender o que eles querem ou não querem e que eles consigam também nos entender", conta.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o MOAB busca discutir as políticas públicas para atender pessoas autistas e informar sobre existência de leis federais e distritais e sobre a importância do diagnóstico precoce.
Ouça anesta entrevista ao Cotidiano, com a jornalista Luiza Inez Vilela, na Rádio Nacional de Brasília.
Autismo: como diagnosticar?
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