No Em Conta desta quarta-feira (22), tanto na Entrevista de Valor, quanto no Trocando em Miúdo, a prosa é sobre o projeto que já passou pela Câmara dos Deputados e depende agora do Senado. Se for aprovado, o limite de uso da folha do aposentado para empréstimo consignado, que hoje é de 30% passaria para 40%, sendo a diferença usada somente para dívidas em cartão de crédito parcelado.
No ano passado, já houve uma mudança no uso do empréstimo consignado, garantido por desconto automático na folha de pagamento do trabalhador, quando passou de 60 para 72 meses.
O relator do projeto, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), defende a proposta dizendo que os 10% a mais no limite de uso do consignado, só para dívida em cartão de crédito, diminuiria os juros mensais, hoje de 14% para 3,5%.
Maria Inês Dolci, coordenadora do ProTeste, diz que maior uso do consignado compromete renda e pode aumentar endividamento. A associação já mandou ofício ao Senado, pedindo a rejeição do projeto aprovado na Câmara. Dolci alerta que muitos aposentados emprestam o uso de seus nomes, geralmente para familiares, para o consignado, o que acaba comprometendo a renda muito importante para outras necessidades imediatas. Tanto que pelo último levantamento do SPC-Brasil, Serviço de Proteção ao Crédito, há mais de 15 milhões de inadimplentes porque emprestaram seus nomes para que outros usassem para contrair dívidas.
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Enquanto o Em Conta não vem escute a Entrevista de Valor com a coordenadora do ProTeste.
