Exibição de documentário em Eldorado dos Carajás marca 27 anos do massacre

Nesta edição do programa Mosaico, a jornalista Ana Pimenta entrevista Marcos Colón, diretor do filme “Pisar Suavemente na Terra” (2022).

A produção já foi exibida em diversos países e venceu o prêmio de Melhor Fotografia no festival Filmambiente em novembro, no Rio de Janeiro.

Nesta sexta-feira (14), como parte da programação do 8° Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira (FIA Cinefront), a exibição do documentário ocorre às 18h30 na sede da aldeia Gavião Akrãtikatêjê - Terra Indígena Mãe Maria, no município de Bom Jesus do Tocantins, Sudeste Paraense.

No sábado (15), o filme será exibido no Acampamento Pedagógico da Juventude Sem Terra (MST), em Eldorado dos Carajás, às 19h. O evento celebra o Dia Mundial da Luta pela Terra. A data foi criada em memória aos 19 trabalhadores rurais assassinados em 17 de abril de 1996.

O documentário apresenta a trajetória de três lideranças indígenas da Amazônia, que tentam manter vivas suas formas de estar no mundo. São as histórias de Kátia, cacica do povo Akrãtikatêjê, de Manoel, cacique do povo Munduruku e de José Manuyama, professor de origem Kokama. Os três narram as ameaças aos seus territórios promovidas pela grande mineração, pelo monocultivo, pelo garimpo, pela exploração de petróleo, pela extração de madeira e pela construção de usinas hidrelétricas. Interligadas pela voz e o pensamento ancestral de Ailton Krenak, esses relatos de resistência nos apresentam outras formas de existir e caminhar no mundo.