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Macacos não transmitem febre amarela, são vítimas da doença

Além de os macacos estarem sendo dizimados pela doença, a morte do animal por ação dos humanos faz aumentar a ameaça de extinção de algumas espécies

No AR em 09/02/2018 - 15:00

A falta de informação sobre a transmissão do vírus da febre amarela, que se dá pela picada do mosquito, está fazendo aumentar a mortandade de macacos no Brasil. Segundo o professor da Universidade Federal do Espírito Santo, especialista em primatas e diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica, Sérgio Lucena, além de estarem sendo dizimados pela doença, milhares de macacos também são mortos por ação dos humanos. Isso faz aumentar a ameaça de extinção de algumas espécies.

O professor alerta que os macacos são, na verdade, as principais vítimas da febre amarela silvestre. Ele explica que os seres humanos, em sua maioria, são resistentes à ação do vírus. Cerca de 10% a 20% dos que entram em contato com o vírus desenvolvem a doença. Já os macacos são mais suscetíveis à febre amarela.

Agredir e matar macacos, portanto, não melhora em nada a situação dos humanos e ainda pode confundir os serviços de saúde, pois a morte natural dos primatas por febre amarela é um sinal da presença do vírus na região.

Ouça a íntegra da entrevista concedida ao programa Falando Francamente no player abaixo.

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Criado em 09/02/2018 - 14:30