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Neurologista tira dúvidas sobre a esclerose múltipla

Doença inflamatória, autoimune, do sistema nervoso central, acomete

Em entrevista ao programa Falando Francamente, Soniza Vieira Leon, professora associada de neurologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), fala sobre a esclerose múltipla.

 

A médica explica que essa é uma doença inflamatória, autoimune, do sistema nervoso central, que acomete o encéfalo e a medula espinhal. De acordo com Soniza Leon, a doença evolui em surtos, com alguns sintomas como tonteiras, perda de visão e dormência, e em muitas áreas de inflamação e degeneração do sistema nervosos central. Por isso, se chama esclerose múltipla, complementa.

 

Por ser uma doença de muitas causas e fatores ambientais é de difícil diagnóstico, diz a médica. Ela ainda afirma que muitas doenças tem sintomas parecidos e a forma de diagnosticar, é a exclusão dessas doenças.

 

As consequências dependem a área afetada: se a inflamação é na área motora cerebral, vai acontecer uma paralisia no local; se a área afetada for a da sensibilidade, a pessoa pode sentir dormência, explica. O número de lesões é que vai definir o número de sintomas e consequências que pode acontecer. Mas a neurologista diz também que se a pessoa tem o gene da esclerose, não quer dizer que ela vai desenvolver a doença. E mesmo que uma pessoa tenha a vida saudável, também não quer dizer que esteja protegida contra a esclerose múltipla. Por isso esta é uma doença extremamente complexa, na qual você não consegue descobrir um marcador, um causador isolado.

 

Soniza Leon conta que, infelizmente, essa é uma doença de indivíduos jovens e que a mulher tem mais probabilidade de ter a doença porque tem o perfil hormonal diferente dos homens. Outro esclarecimento da médica é que a função sexual pode ser afetada, se a função motora for atingida, mas lembra ressalta que com os tratamentos de hoje, as pessoas podem ter uma vida sexual normal. E diz ainda que a doença tem duas fases: a fase inflamatória, onde os remédios funcionam muito bem, e a fase degenerativa, onde a doença já está instalada há mais de 10 anos e os remédios já não funcionam. Mas se o tratamento começar cedo, a propensão a acumular lesão já fica menor. O tratamento precoce vai diminuir a chance de incapacidade. Segundo a neurologista, este tratamento é muito caro e por isso o governo tem se empenhado em disponibilizar os medicamentos.

 

Estas e outras informações você ouve na entrevista com a Soniza Vieira Leon.

 

O Falando Francamente vai ao ar, na Rádio Nacional da Amazônia, de segunda a sexta, das 15 às 16 horas, com apresentação de Artemisa Azevedo.



Saiba mais informações sobre esclerose múltipla

Criado em 06/07/2015 - 13:22 e atualizado em 06/07/2015 - 13:24