Subiu para 47 o número de municípios em situação de emergência no Amazonas por causa da cheia de rios. Os últimos a ingressarem na lista foram Japurá, Careiro e Maués. Essas três cidades somam cerca de quinze mil pessoas afetadas. O município de Boca do Acre continua em estado de calamidade pública, mas o nível do Rio Purus apresenta descida gradativa do nível das águas.
Cidades em situação de alerta
Outras quatro cidades estão em situação de alerta: Nova Olinda do Norte, afetada pelo Rio Madeira; Itapiranga, na região do médio Amazonas; São Sebastião do Uatumã e Nhamundá, no Baixo Amazonas.Em todo o estado, cerca de 460 mil pessoas sofrem as consequências da cheia dos rios.
Até o momento, a Defesa Civil estadual já distribuiu 556 toneladas de alimentos não perecíveis às famílias afetadas pela enchente em todo o Amazonas. Outros produtos como colchões, redes, cobertores, mosquiteiros, produtos de higiene pessoal, medicamentos, água potável e mais de 850 kit´s de madeira para a construção de pontes e marombas, também foram disponibilizados a população afetada.
No Jornal da Amazônia 2ª edição desta quarta-feira (17) tem também informações sobre decisão da Justiça Federal de proibir o governo federal de licenciar a usina São Luiz do Tapajós, no Pará, sem realizar a consulta prévia aos povos indígenas e ribeirinhos atingidos pelo empreendimento. A decisão atende a uma ação movida pelo Ministério Público Federal no Pará. A consulta aos povos indígenas está prevista na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, que tem força de lei no Brasil. A decisão alerta ainda sobre o risco do Brasil ser condenado na Corte Interamericana de Direitos Humanos, a exemplo do que ocorreu no Suriname, Paraguai e Equador, por permitirem a instalação de empreendimentos em terras de populações tradicionais sem a devida consulta prévia.
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