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Mutirão vai julgar crimes contra a mulher no Amazonas

São pelo menos 1.500 processos pendentes na justiça estadual

No Amazonas, a 2ª etapa da Campanha Nacional Justiça pela Paz em Casa começou mais cedo, ainda em julho. A iniciativa do Supremo Tribunal Federal teve início em 2015 e é retomada três vezes ao ano em todo o Brasil: em março - mês em que se comemora o Dia da Mulher; em agosto – por ocasião do aniversário da Lei Maria da Penha; e em novembro - por conta do Dia de Combate à Violência de Gênero.

 

A ideia da ação é reforçar as estratégias do Poder Judiciário no combate à violência contra a mulher. Entre as medidas está um cronograma diferenciado para a realização de julgamentos de processos dos quais as vítimas sejam do sexo feminino.

 

A corregedora do Tribunal de Justiça do Amazonas, a juíza Elza Vitória de Melo, explica que a campanha chama a atenção da população para o problema."Além de imprimir celeridade de uma forma rápida e efetiva prestação jurisdicional como caráter pedagógico e de prevenção, seria também uma forma de chamar a atenção da sociedade para o combate à violência. Fomentar na sociedade uma mudança na cultura de violência no lar. Só no último semestre, segundo dados da Delegacia Especializada de Crimes contra a mulher, foram mais de 5 mil ocorrências", revela a juíza.

 

A magistrada destaca ainda que dois fatores são determinantes neste tipo de crime: a cultura machista e o uso do álcool.

 

Segundo dados do Tribunal de Justiça do Amazonas, estão previstas cerca de 1.500 audiências no estado dentro do calendário da campanha. Mas a pauta de julgamentos dos casos de feminicídio – assassinato de mulheres unicamente por questão de gênero - ainda está sendo montada, o que vai aumentar o número de sessões.

 

A Campanha Nacional Justiça pela Paz em Casa ocorre entre os dias 15 e 19 de agosto em todo o Brasil. No Amazonas, ela começou no último dia 9.



Criado em 18/07/2016 - 18:12 e atualizado em 18/07/2016 - 15:13