Nesta sexta-feira (21) o Momento Três lembra o aniversário da emocional Nina Simone. Considerada a dama do Blues, na verdade, Nina Simone se aventurava em quase todos os estilos. Nos deixou há onze anos, serenamente, mas sua vida foi de luta. A menina Eunice, filha de um pastor metodista, se apaixonou pelo Blues que, na época, era considerada a música do diabo. Sua paixão pelo piano a levou ao conservatório, mas foi barrada por ser mulher e negra. Destemida, Nina não só lutou pelo direito de cursar piano clássico como se tornou uma das maiores ativistas dos Estados Unidos. Cantou, inclusive, no enterro do líder Martin Luther King. E ísso porque começou a cantar por acaso, já que o dono do bar queria que a pianista cantasse para animar mais os clientes. Bendito seja. Fique aí com um trecho de "Strange Fruit" , a música que fala da dor de ver um negro enforcado em uma árvore na época da segregação racial. Ele seria o estranho fruto.
