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Antropóloga reúne publicações sobre Chico Mendes nos 30 anos da sua morte

A pesquisa busca mostrar como Chico Mendes foi reconhecido internacionalmente e como isso ajudou a não deixar impune seu assassinato

O programa Natureza Viva entrevista a antropóloga Mary Allegretti, que conviveu com Chico Mendes na década de 1980, até o assassinato do ambientalista em dezembro de 1988, em Xapuri, no Acre. Allegretti prepara para 2018, quando serão celebrados os 30 anos da morte de Chico Mendes, o lançamento de um material reunindo as publicações da imprensa internacional sobre o ambientalista brasileiro.


No bate-papo com a apresentadora Mara Régia, a antropóloga conta que por diversas ocasiões Chico Mendes recebeu no Brasil jornalistas de outros países que vieram conhecer de perto seu trabalho na Amazônia. “Eles andavam com pela floresta, conheciam o trabalho dos seringueiros; o pessoal saía encantado”, afirma. Assim, Mr. Mendes, como era chamado, tinha o respeito e a admiração mais fora do Brasil do que na sua terra natal.

Na avaliação da antropóloga, o reconhecimento internacional foi fundamental para que o assassinato de Chico Mendes não ficasse impune. Ela conta que o impacto causado pela opinião pública internacional, por meio de matérias publicadas lá fora, gerou a reação da imprensa local e da sociedade brasileira. “Isso permitiu que sua morte não ficasse impune, seja no julgamento dos seus assassinos, seja na concretização das suas ideias”, diz Allegretti.

Ela também antecipa que, como parte da programação em memória aos 30 anos da morte de Chico Mendes, será realizado no próximo ano o evento IV Chamado da Floresta – O Legado de Chico Mendes, provavelmente no mês de novembro.

Criado em 24/08/2017 - 15:29

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