Única representante brasileira atuando na WNBA, que é a liga de basquete feminino dos Estados Unidos, a pivô Damiris vive a expectativa pelo início da edição 2020 da competição, que tinha sido adiada devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). A temporada começa neste sábado (25), duas semanas após a volta dos treinos.
As atletas estão na Flórida, imersas em uma "bolha ", termo usado pela própria liga para definir a estrutura montada para realização de treinos e jogos em meio à pandemia, sem presença de público. O estado norte-americano é hoje o epicentro da pandemia no país. Segundo a brasileira, que atua pelo Minnesota Lynx, o avanço da covid-19 é pauta das conversas entre as jogadoras.
A caminho da sexta temporada na WNBA, Damiris é também um dos principais nomes da seleção brasileira, que vem de altos e baixos. Mesmo sem ela, a equipe conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Depois, já com a pivô no time, veio o bronze na Copa América. Ela, inclusive, foi escolhida uma das cinco melhores do torneio continental.
No pré-olímpico, derrotas para França, Porto Rico e Austrália encerraram o sonho de ir aos Jogos de Tóquio (Japão) em 2021. Apesar disso, Damiris considera que o nível apresentado pelo Brasil sob comando do técnico José Neto, que assumiu a poucos dias do Pan sem nunca ter trabalhado com basquete feminino, dá esperança para o futuro.
A estreia do time de Damiris na liga norte-americana, considerada a principal do mundo no basquete feminino, será no próximo domingo (26) contra o Connecticut Sun. Normalmente, as equipes da WNBA fazem 34 jogos na temporada regular, mas, devido às adaptações no calendário, desta vez serão 22 confrontos até o mata-mata, com as oito melhores equipes do campeonato. A liga espera concluir o torneio até outubro.