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Brasil lidera mortes de ativistas nas Américas

De janeiro a agosto deste ano, 58 defensores de direitos humanos foram mortos no Brasil, segundo dados da Anistia Internacional

No AR em 05/12/2017 - 23:31

Defender direitos humanos no Brasil tem sido uma atividade perigosa. É o que mostra o Relatório “Ataques Letais mas Evitáveis: Assassinatos e Desaparecimentos Forçados daqueles que Defendem os Direitos Humanos", da Anistia Internacional.

No Brasil, os dados são alarmantes. Em 2016, 66 defensores foram mortos. E em 2017, de janeiro a agosto, foram 58 assassinatos. A maioria é composta por pessoas ligadas à luta pela terra, e estados da Amazônia Legal ganham destaque.

A coordenadora da pesquisa da Anistia Internacional no Brasil, Renata Neder, ressalta que o estado do Pará tem um dos cenários mais preocupantes. “O Pará é um dos estados onde esse quadro é mais crítico. O Pará já foi palco de outros massacres, como o Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, e esse ano um novo massacre aconteceu no Pará, que foi o Massacre de Pau D'Arco'", lembrou.

Em Pau D'Arco, 10 pessoas foram assassinadas. E meses depois, outra liderança da comunidade que era ameaçada também foi morta.

Renata Neder também lembra que populações indígenas e quilombolas são muito perseguidas, principalmente nos estados de Mato Grosso do Sul, Bahia e Maranhão.

A Anistia Internacional pede que os países priorizem o reconhecimento e a proteção dos defensores dos direitos humanos, e que atuem para evitar os ataques.

Ouça também no Repórter Amazônia dessa terça-feira (5) os seguintes destaques:

- Trabalhadores fazem manifestações contra a reforma da Previdência em estados da Amazônia

- Acordo em defesa dos Povos Indígenas da Defensoria Pública do Pará vence o prêmio Innovare

- No Maranhão, bancos de leite recebem doações de frascos e leite materno

 

Criado em 05/12/2017 - 23:34