Força-tarefa investiga serviços prestados por "Carretas da Saúde" no Tocantins

Os serviços prestados pelas Carretas da Saúde, que oferecem atendimento de saúde gratuitos, no Tocantins são alvo de uma ação civil do Ministério Público Federal e Estadual e da Defensoria Pública. Os órgãos pedem a suspensão imediata do programa estadual.

De acordo com o Ministério Público, a empresa 20/20 Serviços Médicos S/S foi contratada pelo governo do Tocantins para a prestação de serviços oftalmológicos a pacientes com idade superior a 55 anos em unidades móveis assistenciais. O contrato é de um ano e o valor pago é de R$ 11,6 milhões.

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Mas de acordo com as investigações, a organização estaria realizando consultas e cirurgias em desconformidade com a legislação sanitária. A prática estaria colocando em risco a integridade física dos pacientes. Existe também a suspeita de irregularidades na contratação da empesa e na contabilização dos serviços.

Entre os pontos questionados na ação estão o tempo gasto para a realização das cirurgias, a falta de equipamentos, insumos e medicamentos; além da deficiência no acompanhamento pós-operatório dos pacientes.

O diretor da 20/20 Serviços Médicos S/S, Mateus Vieira, rebate as afirmações que constam na ação civil pública. "Nós temos todos os equipamentos de ponta. Se acontecer temos de reserva. O CRM passou por aí, a vigilância também.Vai ser encaminhado ao MP os contatos dos pacientes".

Mateus afirma ainda que o corpo médico é formado por especialistas capacitados com anos de experiência e destaca que a empresa se encontra abaixo da média no número de casos de infecção.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que ainda não foi notificada, mas que está à disposição dos órgãos de controle para prestar todos os esclarecimentos necessários quanto ao serviço.

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O Repórter Amazônia é uma produção da Rede de Rádios Públicas da Amazônia e vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 18h30 pela Rádio Nacional da Amazônia.