O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, decidiu desmembrar o processo que investiga uma suposta organização criminosa formada pelo PMDB da Câmara dos Deputados e atos de obstrução da Justiça. Fachin fez isso depois do plenário da Câmara dos Deputados negar a autorização para o Supremo abrir ação penal contra o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
Com a decisão da Câmara, a denúncia contra Temer e os ministros foi suspensa e só poderá voltar aos tribunais depois que eles saírem dos cargos. Por isso, Edson Fachin separou o processo e encaminhou para a Justiça Federal em Curitiba as investigações sobre a formação de organização criminosa contra o deputado federal cassado Eduardo Cunha e os ex-deputados Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, os acusados ofereciam vantagens indevidas a empresas em órgãos públicos, em troca de propina para o financiamento de campanhas eleitorais.
Já para a Justiça Federal no Distrito Federal, Fachin enviou a parte de denúncia pelo crime de obstrução de Justiça que envolve Joesley Batista, Ricardo Saud, Lúcio Funaro, Roberta Funaro, Eduardo Cunha e Rodrigo Rocha Loures. Eles são acusados de participar de um esquema para comprar o silêncio de Funaro, evitando que o operador financeiro fechasse um acordo de delação premiada.
Ouça o jornal na íntegra:
Confira também nesta edição do Repórter Nacional (02):
- Família de americanos que havia sumido após assalto é encontrada no Pará
- Governo do Rio entra com ação no Supremo contra o ministro da Justiça