A suspensão da exportação de pescado brasileiro para a União Europeia causou indignação no setor. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados, se a decisão do Ministério da Agricultura não for revista em 4 meses, o impacto será uma perda de R$ 900 milhões em investimentos que estavam previstos para o ano que vem e a extinção de cerca de 20 mil empregos em todo o país.
A decisão começa a valer a partir da próxima quarta-feira (03) e foi tomada, segundo o governo, para evitar uma suspensão unilateral pela União Europeia. Em setembro, uma comissão do bloco europeu fez uma auditoria em unidades de Santa Catarina. Foram selecionadas 10 empresas e os fiscais encontraram problemas em seis delas.
Mas a fiscalização europeia é criticada pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados, Eduardo Lobo. Segundo ele, não é possível analisar a produção de todo um país com base em 10 empresas de um estado.
O representante das indústrias ressalta que o Brasil exporta peixes para a União Europeia há 50 anos e atualmente para Estados Unidos e Ásia.
Em resposta, o Ministério da Agricultura informou que vai pedir aos europeus que separem as exigências sanitárias em dois grupos: peixes de captura e espécies de cultivo. Segundo o órgão, as autoridades europeias consideraram que os pescados fazem parte de um contexto único, mas as produções não podem ser tratadas da mesma maneira.
De acordo com o órgão, no ano passado, o Brasil exportou U$33 milhões de pescado. Até 30 de novembro de 2017, a exportação somava quase U$22 milhões. Os principais peixes vendidos para o exterior são lagosta, atum, tilápia e tamboril.
Ouça o Repórter Nacional (7h) desta quinta-feira (28) na íntegra:
Confira outros destaques desta edição:
- Ministro do Trabalho pede demissão para ser candidato em 2018
- IML de Brasília e Papuda tem 10 dias para responder defesa de Maluf
- Governo cria Agência Nacional de Mineração
- Raquel Dodge pede ao Supremo a suspensão de decreto de indulto de Natal