A Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) celebraram o primeiro acordo de leniência conjunto com duas empresas de publicidade.
Firmado na sexta-feira (13), o acordo garantirá a devolução de R$ 53 milhões a órgãos públicos prejudicados com o pagamento de propina em contratos assinados por influência do ex-deputado federal André Vargas, atualmente sem partido.
O esquema foi descoberto durante as investigações da Operação Lava Jato. O acordo envolve as agências de publicidade FCB e Mullen Lowe, à época denominada Borghi Lowe.
Dono da empresa, o publicitário Ricardo Hoffmann foi condenado, em 2015, por corrupção e lavagem de dinheiro após firmar contratos com a Caixa Econômica Federal e o Ministério de Saúde, além de repassar parte dos valores recebidos a empresas controladas por André Vargas.
Serão ressarcidos: a Caixa, o Ministério da Saúde, a Petrobras, a BR Distribuidora, o Tribunal Superior Eleitoral, Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.
Os contratos a que se referem as investigações ocorreram entre 2011 e 2014. De acordo com a Advocacia-Geral da União, as negociações em torno da leniência tiveram início em 2015, após as empresas procurarem a AGU.
O órgão informou que os valores já foram depositados judicialmente durante negociações feitas com o Ministério Público Federal. Caso descumpram os termos do acordo, as empresas vão ter que apresentar esclarecimentos num prazo de 30 dias.
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