Digite sua busca e aperte enter

Compartilhar:

Polícia desarticula tráfico internacional de peixes ornamentais

São Paulo de Olivença era rota para transportar animais aos Estados

Mais de 38 arraias ornamentais vindas do Pará foram apreendidas pela Polícia Militar e Civil de São Paulo de Olivença, no Alto Solimões. A espécie está em extinção e sua comercialização só é permitida através de guias de trânsito emitidas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -IBAMA.


Apenas duas regiões do Brasil possuem a espécie da arraia ornamental, o Pará e o Rio Xingu, no Mato Grosso. As arraias vieram do Pará, seguiam para Bogotá de onde seriam enviadas para os Estados Unidos. Cada arraia está avaliada em 10 mil dólares, a quantidade apreendida seria vendida no mercado ilegal por mais de R$ 1 milhão.

 

O Delegado de Polícia Civil de São Paulo de Olivença, José Afonso Barradas, explica que, desde agosto de 2013, a polícia vinha investigando a quadrilha que usava a cidade como rota de tráfico internacional de animais. O peixe vinha sendo transportado por via aérea em sacolas plásticas com água. O pouso foi feito clandestinamente próximo ao aeroporto municipal de São Paulo de Olivença para trocar a água das sacolas onde estavam os animais. Atualmente, o aeroporto está funcionando apenas para voos dos Correios. Não existe rota de voos de empresas comerciais aéreas para a cidade.


Três pessoas foram presas em flagrante. Entre eles, um policial militar que auxiliava a quadrilha guardando os animais durante o transporte, em São Paulo de Olivença,  um homem adulto e jovem menor de idade. Uma pessoa por nome Raimundo Arévalo, vulgo “mundeco”, está foragido. O policial preso foi transferido hoje para o 8º Batalhão de Polícia Militar, em Tabatinga.

 

 

Os peixes ornamentais foram entregues ao Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas, IDAM, que está em comunicação com o IBAMA, que deve fazer a logística para transportar os animais para sua região de origem. De acordo com o delegado Barradas, os animais não podem ser largados no Rio Solimões porque causaria um desequilíbrio ambiental e os animais não sobreviveriam.

O delegado culpa os governos Federal e Estadual pelo pequeno efetivo de órgãos que devem fiscalizar em regiões como a do Alto Solimões, considerada rota de tráfico.

 

O Repórter Solimões vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18h45 (horário de Tabatinga), na Rádio Nacional do Alto Solimões, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).



Criado em 18/02/2015 - 02:12 e atualizado em 18/02/2015 - 19:27

Mais do programa