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Benjamin Constant comemora 118 anos de historia e tradições

No dia 29 de janeiro a cidade completou 118 anos

"Benjamin meu beijo ainda tem
o cheiro bom e o sabor do mapati
meu peito ainda quando a noite vem
é fim de tarde nas águas do Javari!"

 

Na citação do poema do benjaminense Celdo Braga, a reportagem presta homenagem para a cidade que neste sábado (29) comemorou 118 anos de história, costumes, cultura e tradições.

 

Benjamin Constant é um daqueles poucos lugares que você parece estar em várias cidades ou países ao mesmo tempo, isso porque faz fronteira com o Peru, e via fluvial com a Colômbia, além da rodovia 307 que liga ao município de Atalaia do Norte e suas diversas etnias indígenas.

 

Benjamin encanta a todos pela sua cultura indígena e cabocla, é o segundo maior produtor de pescado do estado e possui a maior quantidade de espelho d’agua (açudes) do Alto Solimões. Sem falar na cultura, expressiva em todo o Amazonas como fala seu poeta e músico Celdo Braga.

 

No início, o município recebeu  diversos nomes, como "Remate de males" e "Vila Esperança". Está localizado no sudoeste amazonense, as margens direita do Rio Javari, na mesoregião do Alto Solimões. Segundo a narrativa popular, o município de Benjamim Constant foi fundado por Rosa Ferreira de Souza, brava índia cambeba, natural do município de São Paulo de Olivença, que buscava um lugar para viver após a morte de seu esposo. Já para os pesquisadores e historiadores, a origem é em 1750, quando há registro da existência de um povoado, na foz do Rio Javari, fundado pelos jesuítas. Como fala o historiador do alto solimões, Luiz Ataíde.

 

O nome foi dado por sugestão do general Cândido Mariano Rondon, quando chefiava a Comissão Mista de Letícia (1934 - 1938), em homenagem ao general Benjamin Constant Botelho de Magalhães, o incentivador do movimento de 15 de novembro de 1889, que proclamou a República.

 

A população da cidade é de 38. 533 habitantes, segundo dados do IBGE de 2014, isso fora a grande quantidade de Peruanos e Colombianos que moram e trabalham na cidade.

 

Por estar distante 1.118km em linha reta da capital Manaus, utiliza a fronteira com o Peru e a Colômbia através de Tabatinga como forma de desenvolvimento, transportando turistas que entram no Brasil até Manaus via barcos por três dias ou por via aérea cerca de duas horas de Tabatinga a Manaus.

 

Em Benjamin Constant você pode viver plenamente o espírito das três fronteiras: Brasil, Colômbia e Peru, no pequeno e animado centro comercial, misturando culturas, arte e gastronomia. No vivaz mercado os vendedores das comunidades fluviais e os fazendeiros se encontram. Produtos agrícolas, frutas e aves disputam espaço ao pescado, sendo que a pesca é umas das principais atividades econômicas. A população de Benjamin Constant é uma de suas riquezas, como fala o professor da UFAM, Josenildo Souza.

 

De Benjamin Constant, em poucos minutos é possível chegar de lancha em Islândia na costa peruana.

 

O Museu Magüta foi o primeiro museu dos nativos do Brasil. Inaugurado em 1990, oferece uma visão sobre a cultura do povo Ticuna. Ainda ligado à sua terra e as quatro famílias nas quais ela se articula. A praça da igreja matriz é um dos lugares preferidos dos benjamienses, além do banho do palhau, associação dos servidores públicos, cabanas e andar nas passarelas  na época cheia.

 

Parabéns Benjamin Constant!!!



Criado em 01/02/2016 - 21:55 e atualizado em 01/02/2016 - 23:28

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