Um relatório da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) - primeira a adotar cotas no país - estuda os efeitos do mecanismo na democratização do acesso ao ensino superior, aponta a evolução das desigualdades de gênero, raça e classe social, entre 2011 e 2015.
De acordo com os dados da pesquisa, houve uma melhora das condições socioeconômicas nos três grupos étnico-raciais (brancos, pardos e negros), tanto de renda como de educação. Mas o que ocorreu foi que essa melhora foi em paralelo. Ou seja, a desigualdade, a diferença entre eles não se alterou, segundo o coordenador do Grupo de Estudos Multidisciplinares das Ações Afirmativas (Gemaa) do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Uerj, João Feres. A conclusão é que, na última década, a desigualdade em si não mudou.
Ele ressalta que, sob a perspectiva racial, a desigualdade não diminuiu.
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