O tratamento da tuberculose em crianças tem uma complexidade maior do que os casos em que a doença acomete adultos. Nesse sentido, o uso dos novos comprimidos dispersíveis em água, - ou seja, que podem ser dissolvidos em um copo de água - representa um grande avanço, conforme defente a pesquidadora da Fiocruz e membro do Comitê Assessor em Tuberculose do Ministério da Saúde, Margareth Dalcolmo, entrevistada nesta edição do Revista Brasil.
"Até o momento não existia um tratamento tão fácil para as mães administrarem às crianças", disse a especialista. A pesquisadora destacou que é preciso tornar mais eficaz o atendimento na rede de saúde e reduzir o principal desafio da tuberculose no país e no mundo: o abandono precoce do tratamento. "Não existe mal paciente, e sim, um mal sistema de saúde. A adesão do paciente está ligada não apenas à eficiência do tratamento, mas à eficiência do serviço e da equipe de saúde", pondera
A pesquisadora também comentou sobre a incidência da doença na população carcerária. "Quer pegar tuberculose, entre numa cadeia. A média na população em geral é de 34 casos por cem mil habitantes. Na população carcerária é de 2 mil casos a cada cem mil. São condições sub-humanas."
Ouça a entrevista na íntegra:
O Revista Brasil vai ao ar de segunda-feira a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília. É transmitido de segunda a sexta-feira, às 8h, na Rádio Nacional da Amazônia e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Que dado pode
