O Código Florestal é a principal lei que regula a conservação do uso de áreas privadas no país. Segundo a lei, cada propriedade deve ter uma parcela para conservação, o que é chamado de reserva legal. O Cadastro Ambiental Rural (CAR) serve para que o produtor diga ao governo e à sociedade quanto ele está conseguindo fazer desta obrigatoriedade descrita no Código Florestal. No entanto, faltando menos de dois meses para o fim do prazo do cadastro, menos de 40% das propriedades do país foram catalogadas.
Sobre o assunto o Revista Brasil, desta segunda-feira (9), entrevistou a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Andrea Azevedo. De acordo com a pesquisadora, o atraso em realizar a regularização vem de dois principais motivos: a cultura de deixar tudo para último prazo e um desconhecimento sobre o objetivo real do cadastro, que faz com que muitos proprietários pensem que o cadastro serve como forma de serem vigiados e punidos, por isso não declaram. Há ainda quem ache que as regras devem ser mais claras nos estados, afirma Andrea Azevedo.
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Pelo Código Florestal, a partir de 2017 nenhum banco poderá fornecer financiamento para proprietários que não tiverem realizado o cadastro, porque ele é obrigatório. Para a pesquisadora, o que falta hoje é uma real demanda do mercado pelo CAR, porque, segundo ela, no dia em que os proprietérios precisarem do cadastro como um critério para obter financiamento ou para a compra dos produtos, a adesão ao cadastro vai aumentar.
Saiba mais sobre o Cadastramento Ambiental Rural nessa entrevista ao programa Revista Brasil.
O Revista Brasil vai ao ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília. O programa desta segunda-feira (9) teve a apresentação de Andhrea Tavares. A jornalista substituiu Valter Lima, que está de férias.