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Especialista analisa fenômenos de seca e de grandes volumes de água das chuvas

Brasil é reconhecido mundialmente por ser uma potência hídrica, mas

O Revista Brasil desta terça-feira (21), conversou com o professor do curso de pós-graduação em Agronomia na Unesp, em Botucatu-SP, Rodrigo Lilla Manzione, pesquisador na área de Recursos Hídricos Subterrâneos e Monitoramento de Aquíferos e doutor em Sensoreamento Remoto. Ele avalia que no Brasil existe uma falsa sensação de que temos abundância de recursos hídricos, quando na verdade eles possuem uma variabilidade espacial e temporal, "porque não é sempre que vamos ter grandes volumes de água", completa.

 

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O professor ressalta que a grande quantidade de água do país está na Bacia Amazônia, onde existe uma população pequena, em comparação com o Nordeste, onde há 3 a 4% dos recursos hídricos e 22% da população. O mesmo se aplica à região Sudeste, onde se tem 6% dos recursos nacionais e uma população enorme. "Então, na verdade, os recursos não estão bem distribuídos no país e as pessoas não estão onde os recursos estão, além disso temos o componente temporal", explica.

 

Sobre os recursos subterrâneos, o professor diz que essa água tem diversos tipos de ocorrências: em formações sedimentares e acúmulo em fraturas ou em cavernas. Por isso, no Nordeste, os domínios geológicos são fraturados e por serem regiões antigas, quando a água infilta ela se movimenta muito rápido e não fica contida no subsolo. Para o professor, o governo federal deveria investir na construção de reservatórios e grandes cisternas.

 

Saiba mais sobre o assunto nesta entrevista ao programa Revista Brasil, com o jornalaista Valter Lima, na Rádio Nacional de Brasília.



Criado em 21/04/2015 - 16:31 e atualizado em 21/04/2015 - 13:15

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