Igualdade de gênero é tema da agenda para o desenvolvimento sustentável

Igualdade de gênero foi tema da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O tema foi debatido com especialistas e representantes da sociedade civil reunidos na Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal). E para saber melhor sobre o que foi discutido nesta reunião, o Revista Brasil ouviu a oficial de Assuntos Sociais da Divisão de Assuntos de Gênero da Cepal, Lucia Scuro.

A oficial avalia que não há democracia e nem possibilidade de desenvolvimento se as mulheres não estiverem totalmente envolvidadas nas diversas atividades: econômica, política e nos direitos físicos. O debate envolve a autonomia física, que é segurança das mulheres na rua, no âmbito público; e também no lar, que envovle a violência doméstica.

Lucia Scuro diz que o sistema de gênero que está na sociedade, seja consciente ou inconsciente, coloca diferentes papéis para homem e para a mulher: tradicionalmente esse sistema tem colocado a mulher no lugar de cuidado, de afetividade, de reprodução biológica, social e cultural. Já o homem é colocado no espaço público, do debate, da política, da economia. "Isto faz com que a rede dos homens fique muito mais envolvido no âmbito do desenvolvimento, da economia, do trabalho remunerado, política, etc. E as mulheres fiquem mais perto do lar, do âmbito do bairro. No entanto, isto seria muito bom se fosse a opção de cada um, porém é uma imposição social. Esta distinção de âmbito em que se move entre homens e mulheres faz com as possibilidades econômicas das mulheres sejam menores", avalia.

Acompanhe esta entrevista sobre igualdade de gênero discutidas pela Cepal nesta entrevista ao Revista Brasil, com apresentação de Valter Lima, na Rádio Nacional de Brasília.